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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Carta de Amor de um Químico

Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 2011.
Querida Valência:

 Não estou sendo precipitado e nem desejo catalisar nenhuma reação irreversível entre nós dois, mas sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por você. Sabismuto bem que a amo. De antimônio posso lhe assegurar que não sou nenhum érbio e que trabário muito para levar uma vida estável.
Lembro-me de que tudo começou nurânio passado, com um arsênio de mão, quando atravessávamos uma ponte de hidrogênio. Você estava em um carro prata, com rodas de magnésio. Houve uma atração forte entre nós dois, acertamos os nossos coeficientes, compartilhamos nossos elétrons, e a ligação foi inevitável. Inclusive depois, quando lhe telefonei, mesmo tomada de enxofre, você respondeu carinhosamente:
"Proton, com quem tenho o praseodímio de falar?"
Nosso namoro é cério, estava índio muito bem, como se morássemos em um palácio de ouro, e nunca causou nehum escândio. Eu brometo que nunca haverá gálio entre nós e até já disse quimicasaria com você.
Espero que você não esteja saturada, pois devemos buscar uma reação de adição e não de substituição. Soube que a Inês lhe contou que eu a embromo: manganês cuidar do seu cobre e acredite níquel que digo, pois saiba que eu nunca agi de modo estanho. Caso algum dia apronte alguma, eu sugiro que procure um avogrado e que me metais na cadeia.
Sinceramente, não sei por que você está a procura de um processo de separação, como se fóssemos misturas e não substâncias puras! Mesmo sendo um pouco volátil, nosso relacionamento não pode dar errádio. Se isso acontecesse, irídio emboro urânio de raiva.
Espero que você não tenha tido mais contato com o Hélio (que é um nobre!), nem com o Túlio e nem com os estrangeiros (Germânio, Polônio e Frâncio). Esses casos devem sofrer uma neutralização ou, pelo menos, uma grande diluição. Antes de deitar-me, ainda com o abajur acesio, descalcio meus sapatos e mercúrio no silício da noite, pensando no nosso amor que está acarbono e sinto-me sódio. Gostaria de deslocar este equilíbrio e fazer com que tudo voltasse à normalidade inicial. Sem você minha vida teria uma densidade desprezível, seria praticamente um vácuo perfeito. Você é a luz que me alumíno e estou triste porque atualmente nosso relacionamento possui pH maior que 7, isto é, está naquela base.
Aproveito para lembrar-lhe de devolver o meu disco da KCl.
Saiba, Valência, que não sais do meu pensamento, em todas as suas camadas.
Abrácidos,

           Leantânio

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Professor

Importância da Química Orgânica

Desde a síntese da uréia no ano de 1828, a química orgânica vem cada vez mais aumentando a sua importância no cotidiano dos seres humanos. Podemos afirmar categoricamente que “O HOMEM É UMA ILHA CERCADA DE QUÍMICA ORGÂNICA POR TODOS OS LADOS”.  Na verdade o ser humano é química orgânica pura, pois o corpo humano é formado por células e as células são constituídas por substâncias orgânicas e as substâncias orgânicas são constituídas por átomos de carbono. A química orgânica é a “QUÍMICA DO CARBONO”. O carbono, pela sua elasticidade química, produz uma infinidade de compostos que usamos diariamente tais como: plásticos, combustíveis, medicamentos, cosméticos, alimentos, venenos, inseticidas, borrachas, tintas, vernizes, colas, vacinas, enfim, acho difícil olhar para algum lugar que não seja regido pela química orgânica. Esta pode ir desde a bola de pelada no campinho de futebol, passar pela estruturas das naves espaciais e chegar até a cura e tratamento de doenças como a AIDS. O desenvolvimento e melhoria de vida do homem só avançaram por que a química orgânica vem evoluindo a cada dia, entretanto se faz necessário conhecer mais sobre os produtos do carbono devido aos transtornos ambientais (poluição) que podemos causar ao meio ambiente.  

Histórico

            Se olharmos para a história da humanidade podemos dizer que ela se divide em três períodos. Em primeiro lugar tivemos a Idade das Pedras onde o homem passou a fazer armas e objetos com as pedras, em seguida o homem passou a usar os metais, surgindo a Idade dos Metais e atualmente estamos na era dos compostos orgânicos, pois o homem passou a dominar a genética, os plásticos, os combustíveis, etc. Podemos afirmar que atualmente vivemos “A IDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS”, mas esta é uma história longa que começou lá pela metade do século XVIII com a arte dos alquimistas.
 A diferença entre as substâncias “orgânicas” e “inorgânicas” foi expressa somente em 1770 por um químico sueco, Torbern Bergman.  Nesta época os compostos orgânicos eram definidos como compostos que poderiam ser obtidos apenas de organismos vivos e os compostos inorgânicos eram aqueles originados de fontes não-vivas. Junto com esta distinção, crescia uma crença chamada Vitalismo. De acordo com essa ideia, a intervenção de uma “força vital” se tornava necessária para a síntese de um composto orgânico, ou seja, “somente os organismos vivos poderiam gerar substâncias orgânicas”.
            Por volta de 1816, essa “TEORIA DA FORÇA VITAL” foi abalada quando Michel Chevreul descobriu que do sabão, que era preparado pela reação de álcalis (soda caustica) com gordura animal, poderia ser separado em diversos compostos orgânicos puros, que ele próprio denominou “ácidos graxos”. Pela primeira vez, se teve o conhecimento de que uma substância orgânica (gordura) fora convertida em outras (ácidos graxos e glicerina) sem a intervenção de “uma força vital externa”.
            Doze anos depois, em 1828 “A TEORIA DA FORÇA VITAL” sofreu um golpe fatal quando Fridrich Wöhler transformou o sal “inorgânico” cianato de amônio na substância orgânica já conhecida como uréia encontrada na urina humana.
            Mesmo com a falência do vitalismo na ciência, a palavra “orgânico” continua ainda hoje sendo usada por algumas pessoas como significando “o que vem de organismos vivos”, da mesma maneira como nos termos “vitaminas orgânicas” e “fertilizantes orgânicos”. O termo geralmente usado “alimento orgânico” significa que o alimento foi cultivado sem o uso de fertilizantes e pesticidas sintéticos.